Viviane Mosé falando de Educação no Café Filosófico, cita Rui Canário o qual afirma que nós, enquanto sociedade, vivemos um imenso e inegável desenvolvimento tecnológico, no entanto uma imaturidade politica e social proporcional. Ele defende, ainda, que a impossibilidade de convivência aumenta cada dia e atribui isso como consequência do modelo escolar.
A fim de atender a demanda de operários surgida com a industrialização, nasce a “escola para todos” (antes disso, a escola era elitista) com o objetivo de ensinar a ler, escrever e pensar minimamente. A questão é que escola não é um depósito de pessoas, aliás, isso nada tem a ver com educação. Mas essa é a realidade da nossa sociedade hoje. Todas as crianças frequentam a escola, embora a qualidade do ensino, não.
A escola foi construída como fábrica e produz um conhecimento como linha de montagem: há fragmentação em “séries” e em (exatamente 11) “disciplinas”; a cada 50 min, toca um sinal sonoro. Ou seja, fragmentou-se, por assim dizer, o próprio saber.
A segunda característica desse modelo escolar, trata da escola como prisão ou reformatório, de tal modo que tem-se: a “grade curricular” e as “disciplinas” (para disciplinar!); a avaliação é uma “prova”, ou seja, é preciso provar que se é inocente para ser “absolvido”; a arquitetura segue a mesma lógica prisional: salas pequenas e isoladas, corredores enormes, falta de espaços amplos, pátios em meio aos prédios, ou seja, os estudantes ficam vigiados.
Isso tudo demonstra a necessidade da sociedade de produzir: passividade, disciplina, ausência de questionamento e crítica, assim como, repetição ao invés de criação.
Assista ao video: http://www.youtube.com/watch?v=Yl_gr3xu2TE
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