sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Eu mesmo sou o inimigo

Oração

Que eu faça um mendigo sentar-se à minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me
esforce por amar, inclusive o meu inimigo, em nome de Cristo, tudo isto, naturalmente, não
deixa de ser uma grande virtude. O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo
que faço. Mas o que acontecerá, se descubro
porventura, que o menor, o mais miserável de
todos, o mais pobre dos mendigos, o mais 
insolente dos meus caluniadores, o meu 
inimigo, reside dentro de mim, sou eu 
mesmo, e precisa da esmola da minha 
bondade, e que eu mesmo sou o inimigo que 
é necessário amar?

(Carl Gustav Jung)


*** Feliz Natal!!!

Ser Psicólogo


sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Vida



"Por supoesto es un pacto.

Sincero, antigo. 





Eu com a vida,

ela comigo"




terça-feira, 15 de novembro de 2011

Apreciar as pessoas

[...] Um dos sentimentos mais gratificantes que conheço - e também um dos que mais oferecem possibilidade de crescimento para a outra pessoa - advém do fato de eu apreciar essa pessoa do mesmo modo como aprecio o pôr-do-sol. As pessoas são tão belas quanto um pôr-do-sol quando as deixamos ser. De fato, talvez possamos apreciar um pôr-do-sol justamente pelo fato de não o podermos controlar. Quando olho para o pôr-do-sol, como fiz numa tarde destas, não me ponho a dizer: "Diminua um pouco o tom do laranja no canto direito, ponha um pouco mais de vermelho púrpura na base e use um pouco de rosa naquela nuvem". Não faço isso. Não tento controlar um pôr-do-sol. Olho com admiração sua evolução. Gosto mais de mim quando consigo contemplar assim um membro da minha equipe, ou meu filho, minha filha, meus netos. [...]. 

C. Rogers



domingo, 13 de novembro de 2011

Quero saber


"Não me interessa saber o que você faz para ganhar a vida.
Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia.
Não me interessa saber a sua idade.
Quero saber se você arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua.
Quero saber se tocou o âmago da sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor!  Quero saber se pode suportar a dor, minha ou sua, sem precisar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la.
 Quero saber se você pode aceitar alegria, minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até as pontas dos dedos das mãos e dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos.
 Quero saber se consegue desapontar outra pessoa para ser autêntico consigo mesmo, se pode suportar a acusação de traição e não trair a sua alma.
 Quero saber se você pode ver beleza mesmo que ela não seja bonita todos os dias, e se pode buscar a origem de sua vida na presença de Deus.
 Quero saber se você pode viver com o fracasso, seu  e meu, e ainda, à margem de um lago, gritar para a lua prateada: “Eu Posso!”
 Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro tem.
Quero saber se pode levantar-se após uma noite de sofrimento e desespero, cansado, ferido até os ossos, e fazer o que tem que ser feito pelos filhos.
Não me interessa saber quem você é e como veio parar aqui.
Quero saber se você ficará comigo no centro do incêndio e não se acovardará.
 Não me interessa saber onde, o quê, ou com quem você estudou.
Quero saber o que o sustenta a partir de dentro, quando tudo mais desmorona.
Quero saber se consegue ficar sozinho consigo mesmo e se, realmente, gosta da companhia que tem nos momentos vazios."

The Invitation, inspirado por Sonhador da Montanha Oriah,
ancião índio americano.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A vida vale a pena

"Há muitos distintos momentos que passamos na vida. Uns fáceis, outros difíceis.. outros até desesperadores. 


Mas há momentos em que a gente vê tudo de uma forma clara, nos quais toda a vida - com suas alegrias e percalços - fazem sentido. 


É mais ou menos assim, como quando estamos numa montanha russa e em um dado ponto você fica tão no alto que vê todo o trajeto que ela está fazendo, todas as subidas e descidas e as curvas...todas as emoções... vê tudo... vê, inclusive, o parque no qual a montanha russa é só um dos brinquedos!" 


Priscila

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tristeza

Quando você se sentir triste, sente-se silenciosamente e permita a tristeza chegar; não tente escapar dela. Torne-se tão triste quanto possível. Não a evite — essa é uma coisa para lembrar. Grite, chore... sinta todo o sabor disso. Grite muito... se jogue no chão... role — e deixe isso prosseguir por si mesmo. Não o force; isso irá, porque ninguém pode ficar num humor permanente. Quando ela se vai você se sentirá descarregado, absolutamente aliviado, como se toda a gravidade tivesse desaparecido e você pudesse voar, leve. Esse é o momento para penetrar em si mesmo.

Osho

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Esclerose Múltipla

A Esclerose Múltipla é uma doença crônica e incapacitante, o que torna o acompanhamento psicólogico imprescindível, não só para o paciente, como também para familiares e demais profissionais que atuam diretamente com essa doença. O principal aspecto a ser trabalhado, é a adaptação às limitações impostas pela doença (inclusive a cada novo surto, visto que o curso da doença é variável, incerto e gradualmente incapacitante) e a aceitação da doença.

Na ajuda a esses pacientes, destaca-se:
* Psicoeducação (doença, prognóstico, tratamento);
* Grupos terapêuticos (compartilhar experiências, compreensão e apoio);
* Vínculo de afeto, cuidado e confiança com o terapeuta;
* Buscar sentido de vida;

Depoimento

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Escrever é terapêutico

ESCREVER
Clarice Lispector

Eu disse uma vez é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade.
Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.
Não estou me referindo muito a escrever para jornal.
Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance.
É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do que é quase impossível se livrar, pois nada o substitui.
E é uma salvação.
Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador.
Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada.
Que pena que só sei escrever quando espontaneamente a “coisa” vem.
Fico assim à mercê do tempo. E entre um verdadeiro escrever e outro, podem-se passar anos.
Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.

In: A DESCOBERTA DO MUNDO. Editora Rocco.

sábado, 6 de agosto de 2011

O paradoxo de Amy Winehouse

O paradoxo de Amy Winehouse, por Contardo Calligaris

Stéphanie, minha enteada, tem 11 anos: ainda é menina, mas é já moça. Assim que foi informada da morte de Amy Winehouse, ela veio até minha escrivaninha e, simulando o choro inconsolável de um nenê, perguntou: “Você está sabendo que morreu minha cantora preferida?”.

Justamente por ela simular o choro e se esforçar para ser engraçada, pensei que devia estar sofrendo muito. A coisa se confirmou no meio da noite, quando Stéphanie acordou, e, para que reencontrasse o sono, foi preciso que alguém conversasse com ela sobre a vida e a morte de Amy.

Teria gostado de poder oferecer a Stéphanie uma boa explicação pela dureza da vida e da morte de sua cantora preferida -por exemplo, dizer que Amy teve uma infância muito triste, que nada em sua vida adulta pôde compensar; ou, então, que ela teve sorte na vida profissional, mas não no amor, e se perdeu nas drogas e no álcool por desesperos sentimentais. Mas o que sei da infância e dos amores de Amy é só fofoca.




Sem mentir nem inventar, melhor deixar Stéphanie lidar com este enigma: alguém pode ter um extraordinário talento, gostar de exercê-lo, alcançar sucesso e reconhecimento, amar e ser amado por um ou mais parceiros e, mesmo assim, esbarrar num vazio que nada consegue preencher.

Stéphanie também tinha lido sobre a maldição dos 27 anos, que, antes de Amy, teria pego Janis Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain etc. Como é normal na sua idade, ela parecia sensível à “glória” de morrer jovem (ou talvez de não viver até se tornar tão chato quanto os adultos).

Foi fácil desvalorizar a morte precoce mostrando que ela é, justamente, um ideal muito antigo: o rock apenas retomou o lugar comum romântico do poeta que vive tão intensamente que, como Ícaro, queima suas asas e cai antes da hora, em pleno voo. Em suma, eu não tenho nada contra viver intensamente; ao contrário, artista ou não, acho que a gente deve viver da maneira mais intensa que der. Mas resta o seguinte: a ideia de que viver intensamente consistiria, por exemplo, em encher a cara de absinto ou ópio é velha de 200 anos.
Agora, há uma coisa que pensei e que não disse a Stéphanie: no fundo, para mim, a história de Amy tem um valor pedagógico, não só (obviamente) como exemplo dissuasivo (“Olhe o que pode lhe acontecer se você beber ou se drogar”), mas também como exemplo “positivo”.

Como assim, positivo???

Concordo, a morte de Amy é um horror e uma estupidez, mas também lembra que viver é uma coisa séria, com apostas e riscos sérios, a começar pelo risco de perder a própria vida antes da hora. Você dirá: “Alguém duvida disso?”. Pois é, constato que há um monte de gente tentando convencer nossas crianças de que a vida é feita de gritinhos, compras e namoricos que só servem para trocar trivialidades online com amigos e amigas.

Até a morte de Amy, eu pensava que o cantor preferido de Stéphanie fosse Justin Bieber. Ora, é possível que Bieber seja uma espécie de Dorian Gray (uma cara de porcelana que esconde dramas e anseios humanos), mas o fato é que ele promove uma imagem de bom moço num mundo intoleravelmente cor-de-rosa.

“E daí?”, dirão alguns pais, “não seria esse o adolescente ideal com quem deveríamos gostar que nossas filhas saíssem, em sua primeira ida ao cinema sozinhas com um garoto?”. E acrescentarão: “Você quer o quê, que sua enteada seja parecida com Justin Bieber ou com Amy Winehouse?”.

Claro, é um golpe baixo: ninguém quer que sua filha acabe como Amy. Mas devolvo a pergunta: será que Justin Bieber é mesmo melhor? Stéphanie será mais protegida se ela permanecer numa pré-adolescência à la fã de Justin Bieber. Mas protegida de quê, se não da própria vida? Entre imaginá-la errando para sempre num corredor de shopping e imaginá-la numa balada que pode acabar na sarjeta à la Amy, a escolha não é fácil. E, na comparação, Amy passa a simbolizar minha esperança (e meu receio, indissociavelmente) de que Stéphanie cresça e se torne mulher, com desejos próprios, fortes.

É o paradoxo de Amy: o que você prefere, uma filha que se perca tragicamente nos excessos do desejo ou uma filha que chegue à vida adulta sem ter conhecido outros desejos do que os que surgem nas conversas sobre marcas de mochilas e sapatos?

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Indignai-vos - "éste mundo está embarazado de otro"

“Democracia real já”



Eduardo Galeano falando sobre Acampada Espanhola.
A "acampada", que contesta o actual sistema político, inspirou-se nos contestatários em Espanha que criticam, nomeadamente, o desemprego.



‎"éste mundo de mierda está embarazado de otro, i son los jóvenes los que los llevan adelante. (...) Só os jovens o levam adiante! Jovens não votam porque não creêm nesta democracia! "Democracia" manipulada! um termo sequestrado pelos banqueiros, políticos mentirosos(...) A política atual é uma imensa quantidade de redondos, de tanto dar voltas! Somos todos iguales na luta por uma vida diferente!" 
Da le Galeano!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Delphos Instituto Humanista




Delphos Instituto Humanista


"Toda pessoa possui dentro de si mesmo imensos recursos e condições internas para desenvolver-se positivamente e produtivamente cada vez mais" (Carl Rogers).






O processo terapêutico é concebido como um encontro experiencial entre psicoterapeuta e cliente, tendo como pressupostos básicos as atitudes de escuta empática, consideração positiva incondicional e autenticidade. Consideramos que através da Psicoterapia Centrada na Pessoa o indivíduo tem a possibilidade de desenvolver seu crescimento pessoal e relacional nas diversas áreas de sua vida, seja familiar, educacional ou organizacional, desse modo passa a adquirir maior confiança em si mesmo e superar as adversidades de sua vida.


O Instituto Delphos possui uma equipe de psicólogos especialistas para atenderem adultos, casais, adolescentes, crianças e idosos. Oferecemos também o Plantão Psicológico.

Atendimentos Particulares e Convênios

Desde 1° de julho de 2005, o curso de Especialização Clínica do Instituto Delphos está credenciado junto ao Conselho Federal de Psicologia (CFP) e à Associação Brasileira de Ensino de Psicologia (ABEP) como núcleo formador de Especialistas Clínicos em Psicoterapia Centrada na Pessoa.


Site: http://www.institutodelphos.com.br


Contato: 
    Fone: 51-3212-0675 
    Email: delphospsico@yahoo.com.br
  • Rua Riachuelo, 1260/12 Porto Alegre, Brazil 

Espaço Ser e Existir - Centro de Estudos da Pessoa

Ser & Existir - Centro de Estudos da Pessoa


É um espaço de estudos e prática psicológica que congrega pressupostos da Psicologia Humanista-Existencialista-Fenomenológica e da Psicologia Transpessoal, consideradas a 3ª e 4ª forças da Psicologia contemporânea.

Ser, remete-nos ao significado profundo de nossa essência; à nossa dimensão espiritual, ao nosso Eu transcendente, aquele que não nasce e não morre, ao Eu superior, aquele que está ligado e faz parte da totalidade, aquele que devemos conhecer e vivenciar para sermos felizes verdadeiramente, o nosso verdadeiro Eu. Trata-se do mergulho na verticalidade do Ser humano.

Existir, remete-nos ao nosso processo contínuo de vir-a-ser, ao desenrolar de nosso eu existencial, refere-se aos nossos sentimentos, aos nossos desejos, aos nossos desafios, dificuldades, conflitos, aquele eu que se constrói e desconstrói continuamente, o eu com o qual nos apresentamos no mundo e nos relacionamos com os demais, aquele que nunca está pronto e que buscamos conhecer também. Trata-se do contato com a horizontalidade do Ser humano, sua própria existência.

Centro de Estudos da Pessoa é uma referência e uma homenagem ao Centro, de mesmo nome fundado por Carl Rogers, em La Jolla, Califórnia. Grande psicólogo, pesquisador e estudioso da Psicologia Humanista contemporânea. 


Informações para contato:

Email: contato@sereexistir.com
Fones: (51)8142.9083 - Christiano Buys
            (51)9647.8947 - Emerson Belo
            (51)9683.4420 - Gisele Silveira
            (51)8446.9920 - Janice Vitolta
            (51)9803.7443 - Natacha Monteiro

Endereço: Rua Doutor Vale, nº 82. Bairro Floresta- Porto Alegre/RS

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Rosa Branca

Rosa branca

Minha rosa branca,
que na sua inocência e pureza
encontro meu acalento
adormecendo na suavidade
dessa paz que abranda meu pensamento.
Nessa minha inquietude,
encontro em você a serenidade,
o brilho da esperança que por momentos
 se deixa levar pelas angústicas da vida.
Sinto seu perfume exalar meu coração
que  busca incessantemente o amor e 
a luz neste caminho de dúvidas e incertezas.
Sabes que és minha rosa, minha flor
simplicidade do amor, do respeito
emoção  vivida pelos ventos
das minhas lembranças que me levam além...
feraferida

terça-feira, 31 de maio de 2011

Cine Ipa 04/06/2011 - 9h

CURSO DE PSICOLOGIA DO IPA
apresenta

SESSÃO DE CINEMA E PSICANÁLISE
com o debate do filme

____________________________________________________________________________________
VICKY CRISTINA BARCELONA
A Vida é a Mais Suprema Obra de Arte

“Muitas pessoas desejam mais da vida, e não sabem
exatamente o que desejam. Sabem que tem que haver
algo mais na vida, mais interessante, mais romântico,
mais apaixonante e realizador.”

Woody Allen fez este comentário, ao falar deste seu
filme europeu que trata de pessoas em conflito quanto a viverem os seus desejos e anseios não realizados.
Vicky e Cristina são grandes amigas em férias
em Barcelona. Uma procura ser sensata em relação
ao amor, e está noiva, enquanto a outra sempre busca
uma nova paixão que possa virar sua cabeça.
Elas conhecem Juan Antonio, um atraente pintor
que teve um relacionamento problemático com sua ex.
Ele se aproxima delas e propõe viajarem a Oviedo.
Vicky inicialmente rejeita, mas Cristina aceita
de imediato e convence a amiga a acompanhá-la.
É o início do relacionamento conturbado
de ambas com Juan Antonio, mais sua ex.
Você teve, tem ou terá alguma amiga que passou,
passa ou passará por este conflito.
Deve participar deste debate para ajudar a sua amiga!
Facilitará que leve junto essa sua amiga,
e mais outras, para disfarçar a identidade.
Mas disfarçar a identidade de quem?

––   EXIBIÇÃO E DEBATE NO IPA – SALA C 101 – PORTO ALEGRE – RS   ––
SÁBADO: 04/06/11 — 09:00h às 13:00h

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Comentários: psicanalista João Luiz Costa Ribeiro
ATIVIDADE SEM FINS LUCRATIVOS – MELHOR ASSISTIR AO FILME ANTES

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Respiração Holotrópica


A Respiração Holotrópica ™ é uma valiosa técnica de psicoterapia experiencial e auto-exploração profunda existente na Psicologia Transpessoal, embasada no potencial curativo e transformador dos estados ampliados de consciência. Foi criada por Stanislav Grof, um dos fundadores e principais teóricos da Psicologia Transpessoal, juntamente com sua esposa Christina Grof. Vem sendo utilizada desde 1976 ao redor do mundo com impactantes resultados terapêuticos e de desenvolvimento pessoal.


O método utilizado na Respiração Holotrópica ™ combina respiração mais rápida e profunda que a habitual, música evocativa, trabalho corporal e arte, permitindo que os participantes ampliem sua consciência e se conectem à sabedoria e à capacidade de cura próprias de seu corpo e psiquismo, instância psíquica esta que Grof chamou de curador interno.



Este estado incomum de consciência tem a surpreendente capacidade de selecionar e trazer à tona conteúdos de forte carga emocional e, portanto, de grande importância às nossas dinâmicas psíquicas. Podemos reviver ou nos conectar não somente com material biográfico (do nascimento até o momento presente), como se faz normalmente na psicoterapia tradicional, mas, também, ter acesso às memórias de nossa gestação e parto e ilimitado espectro dos fenômenos transpessoais.

O campo transpessoal compreende experiências onde não nos sentimos limitados pelo nosso ego, espaço ou tempo, e onde podemos conectar com os domínios míticos e arquetípicos, o inconsciente coletivo, o transcendente e o cosmos. Estas experiências transpessoais podem nos ajudar a desenvolver um senso de sentido e objetivo à nossa vida, ajudar a superar crises existenciais e despertar uma visão mais compassiva para conosco, pela humanidade e para com o planeta.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dica de música: Alexandre Missel

Alexandre foi vencedor do 9º Festival de Música de Porto Alegre com a composição SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - premiado ainda como melhor intérprete e melhor letra do mesmo Festival. Foi, ainda, finalista do 10º e 11° Festival de Música de Porto Alegre com as músicas Brasileirisse e A Dobra, respectivamente. Foi finalista, também, do festival de Paranavaí no PR e no festival de Ilha Solteira em SP, ambos com a música Brasileirisse. 
Durante a faculdade de psicologia, criou o grupo Sublimantes, que trazia à tona músicas com letras sobre teorias da psique humana. Composto apenas por psicólogos, a banda vendeu mais de 1.500 Cds em shows pelo Brasil. Alexandre é instrumentista e acompanha/acompanhou, pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cantores como Antônio Carlos Falcão, Luciana Costa, Sandra Reis, Valéria Bueno, Jean Melgar. 
Atualmente Alexandre montou a banda Misselânea K. junto com Lucio Chachamovich, Carlos D'Elia e Dado Silveira. A Misselânea K. contempla várias tendencias musicais em torno das composições de Alexandre. 

A Dobra:


Édipo:

domingo, 15 de maio de 2011

Drogas, políticas públicas e criminalização

“As drogas são uma tragédia para os viciados. 
Mas criminalizar o seu uso converte a tragédia num desastre para a sociedade, 
tanto para os que a usam, como para os que não a usam”.
Milton Friedman
Prêmio Nobel de Economia


Sinopse: Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista. 

Produtora: J.R Mac Niven Produções 
Direção: Rodrigo MacNiven 
Lançamento: 2010
DESCRIÇÃO RETIRADA DO SITE http://www.growroom.net

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mitos

Segundo o historiador romeno Mircea Eliade, mito é “é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e complementares....o mito conta uma história sagrada, relata um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos...o mito conta graças aos feitos dos seres sobrenaturais, uma realidade que passou a existir, quer seja uma realidade letal, o Cosmos, quer apenas um fragmento, uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, é sempre portanto uma narração de uma criação, descreve-se como uma coisa foi produzida, como começou a existir...¹” Eliade diz que os mitos estão presentes em todas as culturas, precedendo até mesma a linguagem. Eles revelam aspectos da realidade e, por seu intermédio, o homem carrega parte da humanidade anterior a si. Nesse sentido, não são jamais excluídos de nossa bagagem mental, entretanto, podem surgir com novas roupagens. Esse fato pode representar um possível ponto de partida à renovação espiritual do homem moderno.
No pensamento psicológico de Carl Jung, mito é uma narrativa que tem o objetivo de explicar os principais acontecimentos da existência humana. São formas de expressão do que Jung chamava de arquétipos (modelos primitivos inatos que funcionam como base para o desenvolvimento da psique). O tema central do mito é, pois, arquetípico, mas a forma de “contar” esse tema é que pode variar – e varia – dando origem às mais diversas narrativas mitológicas nas mais diversas culturas. Sua função seria ensinar sobre a condição humana e o processo da vida.
As idéias de Jung encontram consonância no pensamento de Joseph Campbell. Este, por sua vez, trabalha com a noção de que há um fio condutor das histórias mitológicas que lhes é comum. Desde os mitos antigos até o cinema moderno, tudo, para ele, parece recontar as mesmas histórias. O mito surge para Campbell como algo que possibilita o avanço, a evolução do indivíduo. Para explicar essa idéia, ele se utiliza da figura arquetípica do herói. O herói é aquele que vence suas limitações históricas e pessoais e avança rumo ao novo.  A aventura do herói é uma tarefa de autodesenvolvimento. O herói define a trilha, o fio condutor de sua aventura e tira-nos do desamparo: “onde esperávamos estar sozinhos, estaremos com o mundo inteiro²”. O percurso padrão é definido como: separação, iniciação e retorno. O herói parte de seu cotidiano, se aventura numa região de prodígios sobrenaturais e retorna de sua vitória com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes.
A análise dos três autores citados permite observar um certo padrão nos mitos, relacionado ao estado coletivo inconsciente da sociedade. Eles conferem ao ser humano uma possibilidade de simbolização das suas situações existenciais e nos abrem à compreensão de um mundo na ordem do trans-histórico.

Referências:
GOMES, Vinícius Romagnolli R – Um Retorno aos Mitos: Campbell, Eliade, Jung.
¹ELIADE, Mircea  Aspectos do Mito.
²CAPBELL, Joseph – O Heroi De Mil Faces. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

SUS

O que é o SUS?
"Esta pergunta pode provocar as mais diversas reações em secretários de saúde ou técnicos dessa área, jornalistas, políticos, artistas publicitários, médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, dentistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros pois todos imaginam que conhecem o sistema de saúde brasileiro."

A sigla significa Sistema Único de Saúde mas isso não possibilita um entendimento completo sobre o SUS. "O SUS é algo distinto, especial, não se reduzindo à reunião das palavras como sistema, único, saúde."

A ideia central do SUS é a de que todas as pessoas têm direito à saúde. Direito este, ligado à condição de cidadania. Graças à "Constituição da República de 1988, a saúde passou a ser reconhecida como um direito social, ou seja, inerente à condição de cidadão, cabendo ao poder público a obrigação de garanti-lo: A saúde é direito de todos e dever do Estado (Art. 196)."

"É importante realçar que só depois de indicar a relevância das políticas econômicas e sociais para o direito à saúde a Constituição faz referência à garantia do acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação." Ou seja, é inquestionável o impacto das políticas econômicas e sociais sobre as condições de saúde da população. É possível, assim, desenvolver uma atenção integral à saúde.

* Definição do que é o SUS: o conjunto de ações e serviços públicos de saúde, compondo uma rede regionalizada e hierarquizada, organizada a partir das diretrizes da descentralização (da União para os Estados e Municípios), integralidade (da atenção básica - promoção, proteção e recuperação da saúde, priorizando as atividades preventivas a de média e alta complexidade - MAC) e participação da comunidade.

Princípios do SUS

Universalidade de acesso = todos os brasileiros podem alcançar uma ação ou serviço de saúde de que necessitem sem qualquer barreira de acessibilidade.
Igualdade de acesso = acesso igual para todos, sem qualquer discriminação ou preconceito. Igualdade é um valor importante para a saúde de todos (o termo equidade poderia ser mais apropriado visto que  é possível atender desigualmente os que são desiguais, priorizando os que mais necessitam para poder alcançar a igualdade). 
Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral = respeito à dignidade humana e a liberdade de escolha das pessoas é que sustenta o princípio da autonomia dos cidadãos diante das ações e serviços de saúde colocados à sua disposição.


FONTE: PAIM, Jairnilson S. O que é o SUS.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Todos os brasileiros usam o SUS



"(...)Na realidade, praticamente todas as crianças brasileiras são vacinadas pelo SUS, em campanhas ou na rotina das unidades de saúde. Apenas as vacinas que não se encontram no calendário de imunização do SUS obrigam às famílias a adquirirem em clínicas particulares. Toda a população é protegida pelo SUS por meio da vigilância sanitária epidemiológica, desde o combate à dengue à intervenção organizada para enfrentar a gripe aviária (2005) e a influenza A (H1N1), em 2009. Da mesma forma, os alimentos que consumimos, os cremes dentais, os medicamentos e outros produtos e serviços de interesse para a saúde são inspecionados e controlados pela vigilância sanitária. Portanto, não é exagero afirmar que todos os brasileiros usam o SUS, seja de uma forma mais ampla ou mais restrita, mas usam." 


FONTE: PAIM, Jairnilson S. O que é o SUS. P. 84