terça-feira, 31 de maio de 2011

Cine Ipa 04/06/2011 - 9h

CURSO DE PSICOLOGIA DO IPA
apresenta

SESSÃO DE CINEMA E PSICANÁLISE
com o debate do filme

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VICKY CRISTINA BARCELONA
A Vida é a Mais Suprema Obra de Arte

“Muitas pessoas desejam mais da vida, e não sabem
exatamente o que desejam. Sabem que tem que haver
algo mais na vida, mais interessante, mais romântico,
mais apaixonante e realizador.”

Woody Allen fez este comentário, ao falar deste seu
filme europeu que trata de pessoas em conflito quanto a viverem os seus desejos e anseios não realizados.
Vicky e Cristina são grandes amigas em férias
em Barcelona. Uma procura ser sensata em relação
ao amor, e está noiva, enquanto a outra sempre busca
uma nova paixão que possa virar sua cabeça.
Elas conhecem Juan Antonio, um atraente pintor
que teve um relacionamento problemático com sua ex.
Ele se aproxima delas e propõe viajarem a Oviedo.
Vicky inicialmente rejeita, mas Cristina aceita
de imediato e convence a amiga a acompanhá-la.
É o início do relacionamento conturbado
de ambas com Juan Antonio, mais sua ex.
Você teve, tem ou terá alguma amiga que passou,
passa ou passará por este conflito.
Deve participar deste debate para ajudar a sua amiga!
Facilitará que leve junto essa sua amiga,
e mais outras, para disfarçar a identidade.
Mas disfarçar a identidade de quem?

––   EXIBIÇÃO E DEBATE NO IPA – SALA C 101 – PORTO ALEGRE – RS   ––
SÁBADO: 04/06/11 — 09:00h às 13:00h

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Comentários: psicanalista João Luiz Costa Ribeiro
ATIVIDADE SEM FINS LUCRATIVOS – MELHOR ASSISTIR AO FILME ANTES

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Respiração Holotrópica


A Respiração Holotrópica ™ é uma valiosa técnica de psicoterapia experiencial e auto-exploração profunda existente na Psicologia Transpessoal, embasada no potencial curativo e transformador dos estados ampliados de consciência. Foi criada por Stanislav Grof, um dos fundadores e principais teóricos da Psicologia Transpessoal, juntamente com sua esposa Christina Grof. Vem sendo utilizada desde 1976 ao redor do mundo com impactantes resultados terapêuticos e de desenvolvimento pessoal.


O método utilizado na Respiração Holotrópica ™ combina respiração mais rápida e profunda que a habitual, música evocativa, trabalho corporal e arte, permitindo que os participantes ampliem sua consciência e se conectem à sabedoria e à capacidade de cura próprias de seu corpo e psiquismo, instância psíquica esta que Grof chamou de curador interno.



Este estado incomum de consciência tem a surpreendente capacidade de selecionar e trazer à tona conteúdos de forte carga emocional e, portanto, de grande importância às nossas dinâmicas psíquicas. Podemos reviver ou nos conectar não somente com material biográfico (do nascimento até o momento presente), como se faz normalmente na psicoterapia tradicional, mas, também, ter acesso às memórias de nossa gestação e parto e ilimitado espectro dos fenômenos transpessoais.

O campo transpessoal compreende experiências onde não nos sentimos limitados pelo nosso ego, espaço ou tempo, e onde podemos conectar com os domínios míticos e arquetípicos, o inconsciente coletivo, o transcendente e o cosmos. Estas experiências transpessoais podem nos ajudar a desenvolver um senso de sentido e objetivo à nossa vida, ajudar a superar crises existenciais e despertar uma visão mais compassiva para conosco, pela humanidade e para com o planeta.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dica de música: Alexandre Missel

Alexandre foi vencedor do 9º Festival de Música de Porto Alegre com a composição SIDA - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - premiado ainda como melhor intérprete e melhor letra do mesmo Festival. Foi, ainda, finalista do 10º e 11° Festival de Música de Porto Alegre com as músicas Brasileirisse e A Dobra, respectivamente. Foi finalista, também, do festival de Paranavaí no PR e no festival de Ilha Solteira em SP, ambos com a música Brasileirisse. 
Durante a faculdade de psicologia, criou o grupo Sublimantes, que trazia à tona músicas com letras sobre teorias da psique humana. Composto apenas por psicólogos, a banda vendeu mais de 1.500 Cds em shows pelo Brasil. Alexandre é instrumentista e acompanha/acompanhou, pelo Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cantores como Antônio Carlos Falcão, Luciana Costa, Sandra Reis, Valéria Bueno, Jean Melgar. 
Atualmente Alexandre montou a banda Misselânea K. junto com Lucio Chachamovich, Carlos D'Elia e Dado Silveira. A Misselânea K. contempla várias tendencias musicais em torno das composições de Alexandre. 

A Dobra:


Édipo:

domingo, 15 de maio de 2011

Drogas, políticas públicas e criminalização

“As drogas são uma tragédia para os viciados. 
Mas criminalizar o seu uso converte a tragédia num desastre para a sociedade, 
tanto para os que a usam, como para os que não a usam”.
Milton Friedman
Prêmio Nobel de Economia


Sinopse: Cortina de Fumaça coloca em questão a política de drogas vigente no mundo, dando atenção às suas conseqüências político-sociais em países como o Brasil e em particular na cidade do Rio de Janeiro. Através de entrevistas nacionais e internacionais com médicos, pesquisadores, advogados, líderes, policiais e representantes de movimentos civis, o jornalista Rodrigo Mac Niven traz a nova visão do início do século 21 que rompe o silêncio e questiona o discurso proibicionista. 

Produtora: J.R Mac Niven Produções 
Direção: Rodrigo MacNiven 
Lançamento: 2010
DESCRIÇÃO RETIRADA DO SITE http://www.growroom.net

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mitos

Segundo o historiador romeno Mircea Eliade, mito é “é uma realidade cultural extremamente complexa, que pode ser abordada e interpretada em perspectivas múltiplas e complementares....o mito conta uma história sagrada, relata um acontecimento que teve lugar no tempo primordial, o tempo fabuloso dos começos...o mito conta graças aos feitos dos seres sobrenaturais, uma realidade que passou a existir, quer seja uma realidade letal, o Cosmos, quer apenas um fragmento, uma ilha, uma espécie vegetal, um comportamento humano, é sempre portanto uma narração de uma criação, descreve-se como uma coisa foi produzida, como começou a existir...¹” Eliade diz que os mitos estão presentes em todas as culturas, precedendo até mesma a linguagem. Eles revelam aspectos da realidade e, por seu intermédio, o homem carrega parte da humanidade anterior a si. Nesse sentido, não são jamais excluídos de nossa bagagem mental, entretanto, podem surgir com novas roupagens. Esse fato pode representar um possível ponto de partida à renovação espiritual do homem moderno.
No pensamento psicológico de Carl Jung, mito é uma narrativa que tem o objetivo de explicar os principais acontecimentos da existência humana. São formas de expressão do que Jung chamava de arquétipos (modelos primitivos inatos que funcionam como base para o desenvolvimento da psique). O tema central do mito é, pois, arquetípico, mas a forma de “contar” esse tema é que pode variar – e varia – dando origem às mais diversas narrativas mitológicas nas mais diversas culturas. Sua função seria ensinar sobre a condição humana e o processo da vida.
As idéias de Jung encontram consonância no pensamento de Joseph Campbell. Este, por sua vez, trabalha com a noção de que há um fio condutor das histórias mitológicas que lhes é comum. Desde os mitos antigos até o cinema moderno, tudo, para ele, parece recontar as mesmas histórias. O mito surge para Campbell como algo que possibilita o avanço, a evolução do indivíduo. Para explicar essa idéia, ele se utiliza da figura arquetípica do herói. O herói é aquele que vence suas limitações históricas e pessoais e avança rumo ao novo.  A aventura do herói é uma tarefa de autodesenvolvimento. O herói define a trilha, o fio condutor de sua aventura e tira-nos do desamparo: “onde esperávamos estar sozinhos, estaremos com o mundo inteiro²”. O percurso padrão é definido como: separação, iniciação e retorno. O herói parte de seu cotidiano, se aventura numa região de prodígios sobrenaturais e retorna de sua vitória com o poder de trazer benefícios aos seus semelhantes.
A análise dos três autores citados permite observar um certo padrão nos mitos, relacionado ao estado coletivo inconsciente da sociedade. Eles conferem ao ser humano uma possibilidade de simbolização das suas situações existenciais e nos abrem à compreensão de um mundo na ordem do trans-histórico.

Referências:
GOMES, Vinícius Romagnolli R – Um Retorno aos Mitos: Campbell, Eliade, Jung.
¹ELIADE, Mircea  Aspectos do Mito.
²CAPBELL, Joseph – O Heroi De Mil Faces. 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

SUS

O que é o SUS?
"Esta pergunta pode provocar as mais diversas reações em secretários de saúde ou técnicos dessa área, jornalistas, políticos, artistas publicitários, médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, dentistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros pois todos imaginam que conhecem o sistema de saúde brasileiro."

A sigla significa Sistema Único de Saúde mas isso não possibilita um entendimento completo sobre o SUS. "O SUS é algo distinto, especial, não se reduzindo à reunião das palavras como sistema, único, saúde."

A ideia central do SUS é a de que todas as pessoas têm direito à saúde. Direito este, ligado à condição de cidadania. Graças à "Constituição da República de 1988, a saúde passou a ser reconhecida como um direito social, ou seja, inerente à condição de cidadão, cabendo ao poder público a obrigação de garanti-lo: A saúde é direito de todos e dever do Estado (Art. 196)."

"É importante realçar que só depois de indicar a relevância das políticas econômicas e sociais para o direito à saúde a Constituição faz referência à garantia do acesso universal e igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e recuperação." Ou seja, é inquestionável o impacto das políticas econômicas e sociais sobre as condições de saúde da população. É possível, assim, desenvolver uma atenção integral à saúde.

* Definição do que é o SUS: o conjunto de ações e serviços públicos de saúde, compondo uma rede regionalizada e hierarquizada, organizada a partir das diretrizes da descentralização (da União para os Estados e Municípios), integralidade (da atenção básica - promoção, proteção e recuperação da saúde, priorizando as atividades preventivas a de média e alta complexidade - MAC) e participação da comunidade.

Princípios do SUS

Universalidade de acesso = todos os brasileiros podem alcançar uma ação ou serviço de saúde de que necessitem sem qualquer barreira de acessibilidade.
Igualdade de acesso = acesso igual para todos, sem qualquer discriminação ou preconceito. Igualdade é um valor importante para a saúde de todos (o termo equidade poderia ser mais apropriado visto que  é possível atender desigualmente os que são desiguais, priorizando os que mais necessitam para poder alcançar a igualdade). 
Preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral = respeito à dignidade humana e a liberdade de escolha das pessoas é que sustenta o princípio da autonomia dos cidadãos diante das ações e serviços de saúde colocados à sua disposição.


FONTE: PAIM, Jairnilson S. O que é o SUS.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Todos os brasileiros usam o SUS



"(...)Na realidade, praticamente todas as crianças brasileiras são vacinadas pelo SUS, em campanhas ou na rotina das unidades de saúde. Apenas as vacinas que não se encontram no calendário de imunização do SUS obrigam às famílias a adquirirem em clínicas particulares. Toda a população é protegida pelo SUS por meio da vigilância sanitária epidemiológica, desde o combate à dengue à intervenção organizada para enfrentar a gripe aviária (2005) e a influenza A (H1N1), em 2009. Da mesma forma, os alimentos que consumimos, os cremes dentais, os medicamentos e outros produtos e serviços de interesse para a saúde são inspecionados e controlados pela vigilância sanitária. Portanto, não é exagero afirmar que todos os brasileiros usam o SUS, seja de uma forma mais ampla ou mais restrita, mas usam." 


FONTE: PAIM, Jairnilson S. O que é o SUS. P. 84

domingo, 8 de maio de 2011

Identidade, Subjetividade e Singularidade

Identidade, Subjetividade e Singularidade... algumas frases que "tocaram":


“Para mim, os cegos representam o único grupo 
que ousa olhar o sol diretamente nos olhos.” 
Evgen Bavcar


* Consumismo esfacela as singularidades... é a homogeneização dos corpos por fora ... e por dentro: como água que vai se infiltrando em terreno arenoso, se infiltrando... (?) Assemelha-se, por outro lado, a busca pelo final do arco-íris: quanto mais se tenta alcançar o "pote de ouro", mais nos frustramos, mais insatisfeitos nos sentimos...  Como seria se não buscássemos nada, apenas fôssemos aquele que admira o arco-íris?! 
É possível apenas SER e sentir??




** Até que ponto precisamos nos colocar na "vitrine" do mundo (como, por exemplo, nas redes socias)? E quão atrativos e interessantes necessitamos PAREcer? Assemelhando-se a objetos estimulados e estimulantes tal como as drogas e os medicamentos? 
O que acreditamos que precisamos nos tornar para "sermos" alguém
Já não "somos"? 




*** A identidade precisa de uma profissão reconhecida para estar 'adequada' - atualmente, é comum o sujeito não reconhecido entrar em sério conflito quanto a própria existência.


**** Desejar estar sempre adequado à expectativa do(s) outro(s) acaba por seu uma 'cega' e intransigente massificação.




Fotos de Evgen Bavcar - fotógrafo cego esloveno. "Evgen Bavcar busca as relações possíveis entre a visão, a cegueira e a invisibilidade" ...
Fonte: http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1644,1.shl


"Não é demonstração de saúde ser bem ajustado 
a uma sociedade profundamente doente." 

(Jiddu Krishnamurti)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Logoterapia e Análise Existencial

A Logoterapia é um sistema teórico – prático de psicologia, criado pelo psiquiatra vienense Viktor Emil Frankl, que se tornou mundialmente conhecido a partir de seu livro "Em Busca de Sentido" (Um Psicólogo no Campo de Concentração) no qual expõe suas experiências nas prisões nazistas e lança as bases de sua teoria. De acordo com Allport, "trata–se do movimento psicológico mais importante de nossos dias".

A Logoterapia é conhecida como a Terceira Escola Vienense de Psicoterapia, sendo a Psicanálise Freudiana a Primeira e a Psicologia Individual de Adler a Segunda.

O termo "logos" é uma palavra grega que significa "sentido". Assim, a "Logoterapia concentra-se no sentido da existência humana, bem como na busca da pessoa por este sentido" (Frankl).

"Para a Logoterapia, a busca de sentido na vida da pessoa é a principal força motivadora no ser humano... A Logoterapia é considerada e desenhada como terapia centrada no sentido. Vê o homem como um ser orientado para o sentido". (Frankl).

O homem sempre procurou dar um sentido à sua vida e aprofundar-se em sua existência. A frustração dessa necessidade é um sintoma do nosso tempo. O sofrimento e a falta de sentido configuram o vazio existencial que muitos experimentam. Para esse mal, Frankl foi desenvolvendo durante décadas a Logoterapia.

Frankl não pretendeu "suplantar a Psicoterapia vigente, mas complementá-la e completar também o conceito de ser humano – mais indispensável às ciências do homem do que o método e técnicas corretas". A Logoterapia busca restituir a imagem do homem superando reducionismos, faz uma proposta que não se limita à Psicologia, mas abrange todas as áreas da atividade humana, e busca resgatar aquilo que é especificamente humano na pessoa.