“Para mim, os cegos representam o único grupo
que ousa olhar o sol diretamente nos olhos.”
Evgen Bavcar
* Consumismo esfacela as singularidades... é a homogeneização dos corpos por fora ... e por dentro: como água que vai se infiltrando em terreno arenoso, se infiltrando... (?) Assemelha-se, por outro lado, a busca pelo final do arco-íris: quanto mais se tenta alcançar o "pote de ouro", mais nos frustramos, mais insatisfeitos nos sentimos... Como seria se não buscássemos nada, apenas fôssemos aquele que admira o arco-íris?!
É possível apenas SER e sentir??** Até que ponto precisamos nos colocar na "vitrine" do mundo (como, por exemplo, nas redes socias)? E quão atrativos e interessantes necessitamos PAREcer? Assemelhando-se a objetos estimulados e estimulantes tal como as drogas e os medicamentos?
O que acreditamos que precisamos nos tornar para "sermos" alguém?
Já não "somos"? *** A identidade precisa de uma profissão reconhecida para estar 'adequada' - atualmente, é comum o sujeito não reconhecido entrar em sério conflito quanto a própria existência.
**** Desejar estar sempre adequado à expectativa do(s) outro(s) acaba por seu uma 'cega' e intransigente massificação.
Fotos de Evgen Bavcar - fotógrafo cego esloveno. "Evgen Bavcar busca as relações possíveis entre a visão, a cegueira e a invisibilidade" ...
Fonte: http://pphp.uol.com.br/tropico/html/textos/1644,1.shl
"Não é demonstração de saúde ser bem ajustado
a uma sociedade profundamente doente."
(Jiddu Krishnamurti)
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